quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Cáritas premia vencedores do Prêmio Odair Firmino de Solidariedade

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Nesta quinta-feira, 25, a Cáritas Brasileira vai premiar os três vencedores do concurso Prêmio Odair Firmino de Solidariedade. Na cerimônia, a entidade vai também entregar o título de Honra ao Mérito a 14 experiências selecionadas dentre as 27 inscritas no concurso. A entrega do prêmio será no auditório dom Helder Câmara, na sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

Durante a solenidade, haverá uma palestra com o monge, teólogo e escritor, Marcelo Barros, sobre “As mudanças climáticas e a vida no planeta”. Este é o tema da Semana da Solidariedade, evento anual realizado há 54 anos pela Cáritas Brasileira, para comemorar seu aniversário, cujo ponto culminante deste ano foi a realização da primeira edição do Prêmio Odair Firmino de Solidariedade.

Dedicado à memória do vice-presidente da Cáritas Brasileira, Odair Firmino, o prêmio reconhece e premia atividades produtivas que fomentem ações libertadoras, desenvolvidas coletiva e localmente, e que promovem a inclusão social, a recuperação da biodiversidade, a diversidade das culturas locais, o consumo ético e solidário, a reciclagem de lixo, a solidariedade e a paz.

Nesta primeira edição, a experiência escolhida para primeiro lugar revela uma luta tipicamente brasileira e dos países subdesenvolvidos: a disputa pela terra entre o pequeno e o grande produtor. Aborda uma espécie de reedição do combate entre Davi e Golias, expresso na luta entre agricultura familiar e agronegócio.

“Trata-se de uma comunidade tradicional, situada no sudoeste da Bahia, no município de São Desidério, que luta bravamente para se manter fiel à tradição e à própria cultura e, a partir dessa luta, mostra que é possível resistir, conservar e viver dignamente sem ser atropelado pelo agronegócio, o qual, de Norte a Sul, está a excluir e a marginalizar comunidades”, informa o representante da Fundação Luterana de Diaconia e um dos integrantes do júri, Dezir Garcia.

Segundo ele, a concessão do prêmio para um projeto com essas características é uma demonstração de que outros locais em outras regiões do país também podem resistir, “uma vez que comunidades tradicionais existem em todo o país e é preciso evidentemente incentivar para que elas consigam preservar seu patrimônio cultural, ético e étnico”, explica.

A segunda experiência premiada é considerada simbólica porque, segundo Garcia, favorece a agroecologia justamente no momento em que esse setor enfrenta dificuldades de se posicionar em alguns lugares. O projeto escolhido mostra a preservação daquilo que originalmente deveria ser preservado, que é a tradição, como, por exemplo, a luta contra os transgênicos e a defesa do pequeno agricultor, das sementes crioulas e do patrimônio histórico-cultural brasileiro.

A terceira experiência premiada, também emblemática da luta pela inclusão social retrata a luta econômica coletiva no meio urbano dos moradores de rua. Ela representa uma categoria social vítima das relações de exclusão existentes nas grandes metrópoles.

Endereço da sede da CNBB: SE/Sul Quadra 801 – Conjunto B – Setor de Embaixadas Sul, às 19h30.

Fonte: CNBB

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